Título: Educando corpos e criando a nação: cerimônias cívicas e práticas disciplinares no Estado Novo
Autor: Maurício Parada
Formato: Impresso
Dimensões: 14 x 21 cm
Ano de publicação: 2009
Número de páginas: 248
Coedição: Apicuri
O imaginário político é um rico campo de estudos para o historiador. Ele permite que a história da política entre em contato com a história da cultura e com a história social. Este livro situa-se no cruzamento dessas diversas abordagens da História e faz uma análise da “cultura cívica” do Estado Novo brasileiro (1937-1945). Trata-se de um estudo sobre a produção, a divulgação e a circulação dos valores públicos que o Estado autoritário queria tornar consensuais entre a população nacional.
Para que tal projeto fosse possível, foi recriado o calendário de festas nacionais; as escolas adotaram novas disciplinas – como as aulas de canto orfeônico e educação física – com conteúdo nacionalista e as ruas das grandes cidades do país foram palco de uma constante comemoração da ideia de unidade cívica. O regime de 1937, portanto, elevou a cultura a um patamar de prioridade. Patrocinar grandes eventos era, para os administradores culturais do regime, uma oportunidade para estabelecer uma ponte entre política e cultura em uma ampla escala social.
Nesta obra podemos encontrar uma análise das cerimônias cívicas do Estado Novo voltadas para a juventude, como a Hora da Independência e o Desfile da Juventude, nas quais milhares de jovens desfilavam em uniformes de ginástica e cantavam as músicas orquestradas por Heitor Villa-Lobos. A contribuição deste trabalho indica que mesmo os regimes autoritários necessitam de uma política cultural intensa como parte integrante do exercício do poder.
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Sobre o autor:
Maurício Parada possui graduação em História pela UFF, é mestre em História Social da Cultura pela PUC-Rio e doutor em História Social pela UFRJ.
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