Título: Nas entrelinhas do talvez: Derrida e a literatura
Autora: Elizabeth Muylaert Duque-Estrada
Formato: Impresso
Dimensões: 14 x 21 cm
Ano de ublicação:
Número de páginas: 124
Coedição: Editora Via Verita
Em sua entrevista Esta estranha instituição chamada literatura, o filósofo Jacques Derrida expõe longamente a sua relação apaixonada pela coisa literária, chegando mesmo a dizer que a considerava a coisa mais interessante do mundo, talvez até mesmo mais interessante que o mundo.
Nos quatro ensaios de Entrelinhas do talvez, Elizabeth Muylaert Duque-Estrada explora alguns aspectos fundamentais desta novidade. O ensaio que abre o livro aborda o que, para Derrida, constitui a natureza ou o “tipo de verdade” dos acontecimentos – na vida e na literatura. Em ambas, uma certa “des-realização” do real é a condição para que literatura e vida transcendam a tentação de tudo reduzir ao ideal de verdade: a literatura, estranha instituição na qual se pode dizer qualquer coisa sobre tudo, pois é ela mesma a própria instituição que se autonarra o tempo todo, para além da lógica jamais natural, mas sempre instituída, objetivo e correto.
Em “Sobre a política do talvez”, foram abordadas as relações entre a literatura e o pensamento derridiano, a partir do argumento de que ambos são movidos pela força de uma radical contradição: de um lado, é preciso que algo seja criado, estabelecido – é preciso que haja lei; mas, por outro, é preciso que haja, igualmente, uma radical resistência à lei, a qualquer tipo de autopreservação do que é criado, instituído. Na ausência da criação, a tirania do caos; na ausência da sua não aceitação, o dogmatismo de sua perpétua autopreservação.
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Sobre a autora:
Elizabeth Muylaert Duque-Estrada é mestre em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da UFRJ e doutora em Estudos de Literatura, pela PUC-Rio. Pesquisadora e professora do Curso “Literatura, Arte e Pensamento Contemporâneo” (CCE), da PUC-Rio.
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