Título: Tempo negro, temperatura sufocante: Estado e Sociedade no Brasil do AI-5
Organização: Oswaldo Munteal Filho, Jacqueline Ventapane e Adriano de Freixo
Formato: 16 x 23 cm
Ano de publicação: 2008
Número de páginas: 402
Coeditora: Contraponto
“Tempo negro, temperatura sufocante, o ar está irrespirável. O país está sendo varrido por fortes ventos.” Com essa lúgubre previsão do tempo, estampada no alto da sua primeira página, a edição do Jornal do Brasil de 14 de dezembro de 1968, em pleno verão carioca, sintetizava bem o clima reinante no Brasil naquele dia. Era o dia seguinte àquela sombria sexta-feira 13 em que foi decretado o Ato Institucional nº 5. A promulgação do AI-5 inaugurou os “anos de chumbo” da ditadura militar brasileira, que, por intermédio desse dispositivo, diminuiu ainda mais o espaço para a elaboração e divulgação de críticas aos atos governamentais. Artistas, escritores e a intelectualidade passaram a ter suas obras constantemente mutiladas ou proibidas pelos censores oficiais.
A obra busca refletir criticamente sobre esse tempo de dor, asfixia e desesperança, o Brasil do AI-5, momento crucial da história recente do país. Segundo Gisele Cittadino, professora de Direito da PUC-Rio, este é “um livro que nos permite sentir orgulho por termos nos reapropriado do espaço público da política”.
O livro apresenta como a violência institucional do estado autoritário se instalou no Brasil a partir de 1964 e atuou sobre a cultura, a imprensa, as escolas, as universidades públicas, o governo e a administração, o mundo da economia e do trabalho, o campo e a cidade. O livro representa não apenas uma chave interpretativa do passado recente, como facilita a necessária e perene tarefa de definir como dar prosseguimento à nossa própria história.
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Sobre o autor:
Oswaldo Munteal é professor associado da UERJ, membro do conselho consultivo do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento e coordenador do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do RJ.
Jacqueline Ventapane é doutora em Ciência Política pela UFF e Mestre em História Política pela UERJ. Atualmente é Coordenadora Técnica do Laboratório de Pesquisa e Práticas de Ensino de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UERJ.
Adriano de Freixo é mestre em História Política pela UERJ e doutor em História Social pela UFRJ. É professor do Departamento de Estudos Estratégicos e Relações Internacionais do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (INEST - UFF)
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