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Coordenado por José María Gómez, o livro "Lugares de memória – Ditadura Militar e resistências no estado do Rio de Janeiro" apresenta 101 lugares que foram cenários tanto de tortura, censura, como também de luta e resistência durante o período da Ditadura Militar. No último domingo, 22/7, o livro foi pauta do Segundo Caderno do jornal O Globo, nas versões impresso e online. A matéria é de autoria de Frei Betto, escritor e autor do livro "Diário de Fernando — Nos cárceres da ditadura militar brasileira".
Jornal O Globo de domingo, 22 de julho, destaca livro da Editora PUC-Rio.
Confira a matéria abaixo: Livro mapeia 101 lugares onde aconteceram torturas, mortes, atentados e censura 'Lugares de memória' reúne crimes cometidos pelo regime militar em terras fluminenses
POR FREI BETTO*22/07/2018 RIO — "Lugares de memória — Ditadura militar e resistências no estado do Rio de Janeiro” reúne detalhada pesquisa, coordenada por José María Gómez, sobre os crimes hediondos cometidos pelo regime militar em terras fluminenses.O livro cita 101 lugares de memória, do Dops ao jornal “Correio da Manhã”, todos identificados por levantamentos topográficos, mapas e fotos, como a “Casa da Morte”, em Petrópolis, e a Usina Cambahyba, em Campos dos Goytacazes, onde muitas pessoas foram torturadas, esquartejadas e incineradas.Embasada em farta documentação, a obra resgata a história e o contexto de cada lugar de memória, como a Editora Civilização Brasileira, dirigida por Ênio Silveira, e as universidades fluminenses. Suas páginas dão voz às vítimas, deitando por terra a versão dos que negam ou tentam amenizar o caráter desumano e deletério de um sistema repressivo que não apenas atingiu pessoas, muitas delas assassinadas, mas também a cultura, mediante censura, apreensão de livros e obras de arte, e atentados terroristas, como o do Riocentro, que vitimou os próprios algozes.Passados mais de 70 anos das atrocidades nazistas, a memória não se apaga. O mesmo ocorre e ocorrerá com a ditadura militar brasileira, ainda mais agora que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos condenou o Estado brasileiro pelo assassinato de Vladimir Herzog, frisando que crimes de lesa-humanidade jamais prescrevem.“Lugares de memória” é um importante documento que revela, no presente, as atrocidades do passado, de modo a se evitar qualquer intento de reproduzi-lo no futuro, como se valesse a pena trocar a liberdade democrática pela suposta segurança de um Estado terrorista. *Frei Betto é escritor, autor de “Diário de Fernando — Nos cárceres da ditadura militar brasileira” (Rocco), entre outros livros. SERVIÇO"Lugares de memória — Ditadura militar e resistências no estado do Rio de Janeiro”Autor: José María Gómez (org.)EDITORA: PUC- Rio/ClacsoPÁGINAS: 512 COTAÇÃO: Ótimo Veja a matéria no O Globo: https://oglobo.globo.com/cultura/livros/livro-mapeia-101-lugares-onde-aconteceram-torturas-mortes-atentados-censura-22908893
Publicado em: 23/07/2018
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