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O segundo caderno do jornal O Globo deste domingo (21) destacou a obra Quanto ao futuro, Clarice, organizada por Júlio Diniz, decano do Centro de Teologia e Ciências Humanas (CTCH) da PUC-Rio. A matéria “Uma observadora crítica e generosa da sociedade” chama a atenção para o aspecto questionador das obras de Clarice frente às tensões sociais da época. As narrativas de “Literatura e Justiça”, “Amor”, “A hora da estrela” e “A paixão segundo G.H”, escritas por Clarice, expressam seu descontentamento e desejo por justiça e ressaltam a presença de temáticas sociais em seus trabalhos. — Clarice é uma intérprete do Brasil, não no sentido da tradição do pensamento social em nosso país, mas como uma observadora crítica, às vezes muito dura, e ao mesmo tempo generosa dos impasses, dilemas e conflitos da sociedade brasileira – afirma Júlio Diniz durante a matéria. Júlio também destaca dois personagens de Clarice que mostram o engajamento da escritora com as questões sociais do Brasil: Macabéa, a migrante nordestina de “A hora da estrela” e Janair, a empregada doméstica negra de “A paixão segundo G.H”. Para ele, é um absurdo usar a palavra “alienada” para referir-se a uma escritora que criou personagens como essas duas.
O livro Quanto ao futuro, Clarice reúne textos de especialistas sobre a escritora e investiga diferentes aspectos da obra misteriosa e fascinante de Clarice. Além de destacar pontos biográficos, há a presença de depoimentos de contemporâneas, como Marina Colasanti, Nélida Piñon, e da cantora Maria Bethânia. Uma coedição da Editora PUC-Rio com a editora Bazar do tempo, a obra será lançada no dia 29/11 (segunda-feira), às 19h, na Livraria Travessa do Shopping Leblon.
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Publicado em: 22/11/2021
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