2

Quando contamos nossas memórias para alguém, escolhemos as cenas que consideramos as mais importantes para nós, dentre as inúmeras que possuímos! Isso porque não queremos que nossa história se perca, não queremos que nossa trajetória simplesmente desapareça. A minha história é um elo importante da história de todos os meus contemporâneos. A história pessoal é parte de uma história coletiva que nos ultrapassa. Contar é um ato de valorização, respeito e reconhecimento pela nossa história e pela história de nossos contemporâneos. O desejo de memória é o desejo de compartilhar nossa herança cultural para outras gerações.

A PRÁTICA DA MEMÓRIA E A MEMÓRIA NA PRÁTICA

Atividade: Utilização do diário de campo como forma de registro de todas as etapas da formação em curso

Objetivo: Realizar o registro de cada atividade proposta e das impressões e reações dos participantes. Este registro deve ser preferencialmente por escrito, entretanto, a imagem fotográfica ou audiovisual pode auxiliar nesta atividade, complementando o registro textual.

O diário de campo, como o próprio nome revela, é a memória por escrito do acontecimento cuja elaboração se dá ao longo da formação das escutadoras de memória. Compreende o registro sistemático por escrito, eventualmente em forma de imagens fotográficas ou audiovisuais, criando um acervo de textos e imagens que possam servir posteriormente para auxiliar no planejamento dos próximos encontros e nas formações futuras.

Material: Caderno, lápis ou outro tipo de instrumento para armazenar textos e imagens (Tabletes, celulares, máquina fotográfica, câmara de vídeo etc).

Desenvolvimento: O registro deve percorrer os seguintes pontos:

A PRÁTICA DA MEMÓRIA E A MEMÓRIA NA PRÁTICA

Atividade: Escavando a memória com Guilherme Augusto

Objetivos: Construir junto aos participantes uma reflexão sobre o que é a memória e sua importância em nossas vidas; fazer os participantes “viajarem” em suas próprias memórias, identificando personagens importantes; propiciar um espaço para a construção de narrativas orais das memórias que envolvem tais personagens.

Material necessário: Livro de literatura infanto-juvenil “Guilherme Augusto Araújo Fernandes” (autora: Mem Fox); tiras de papel; canetas; cesto.

Sinopse do livro: O menino Guilherme Augusto Araújo Fernandes mora ao lado de um asilo. Lá ele tem uma amiga muito especial, a Dona Antônia. O menino descobre que Dona Antônia havia perdido a memória. Mas o que é memória? O menino decide montar uma cesta com vários objetos significativos, com a intenção de recuperar as memórias perdidas de Dona Antônia. Quando ela recebe os presentes cada um deles lhe devolve a lembrança de belas histórias.

Desenvolvimento:

  1. Em grupo, é feita a leitura oral do livro “Guilherme Augusto Araújo Fernandes”;
  2. Em seguida, pode-se propor um debate livre sobre o que mais chamou a atenção no livro, o que tocou mais profundamente cada participante, que memórias o livro evocou;
  3. Os participantes são convidados a escreverem o(s) nome(s) da(s) pessoa(s) mais importante(s) de suas vidas e os nomes são colocados no “cesto de memória”;
  4. Em seguida, tiram-se os nomes do cesto, lendo-os alto e indagando, ao participante que escreveu o nome, o motivo de sua escolha. Deve-se estimular o participante a contar porque essa pessoa foi lembrada e como faz parte de suas memórias.

2